quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Youtube: Alguns canais que provavelmente ensinam mais que eu

Vamos combinar, eu gosto do meu formato de tutoriais, mas algo em vídeo é muito mais útil. Por isso, vou compartilhar convosco alguns canais no Youtube com tutoriais excelentes (em inglês, já que o único canal em português que eu conhecia com tutoriais foi deletado...), que podem ajudar muito quando os meus não derem pro gasto.

AcePincter: Tutoriais básicos para vários instrumentos e efeitos diferentes, e mais vários sobre teoria musical. Os vídeos são meio antigos, então não cobrem as adições mais recentes do software, mas tudo nele ainda é válido, funciona (vale lembrar que a Image-Line tem se esforçado muito para manter compatibilidade entre as versões mais antigas, a ponto de manter plugins bem obsoletos lá para esse fim) e a didática é excelente.

Seamless: Acervo formidável de tutoriais. Possui uma série sobre o programa em si, e outra série dedicada a demonstrar formas diferentes de se fazer baixos eletrônicos gravões, ambas atualizadas constantemente com novos vídeos.

Warbeats: Mais focado em técnicas de produção, com algum conteúdo também sobre teoria musical e certos instrumentos. É válido conferir o site oficial, que contém mais recursos e também dispõe os vídeos do canal de forma mais organizada.

FL Studio Guru: Tutoriais oficiais da Image-Line, o que faz deles provavelmente as fontes mais confiáveis para informação sobre o que os plugins em si fazem, em especial os mais novos.

sábado, 16 de novembro de 2013

Instrumentos e efeitos que vêm com o programa (Todos mesmo)

Uau, eu deixei passar um tempinho desde o último tutorial... Sou um enrolão mesmo, não sou?



Quero adiantar que ainda faltam coisas básicas para eu cobrir nesse meu blog, mas todos sabemos que a parte interessante mesmo são os instrumentos e efeitos e suas características, então decidi logo tirar isso do caminho. É impossível eu falar em detalhes sobre tudo aqui, mas agora vou dar uma geral por todos os instrumentos/efeitos que vem com o programa e apenas comentar o que eles fazem e o que você deve esperar deles; dessa forma, você vai ter uma pequena noção do quanto o programa, antes da introdução de quaisquer plugins externos, é capaz. O post será longo mas, evidentemente, é só uma leitura interessante e não é essencial pra você entender o programa. Contudo, saber o que ele pode fazer é bem útil...

Vou tentar usar um linguajar compreensível para leigos (mesmo eu sendo meio que um leigo também), mas não posso evitar usar alguns termos mais técnicos. Alguns vão ser explicados neste próprio post, mas é inevitável que algumas coisas soem um pouco estranhas ao leitor mais novato no assunto.



INSTRUMENTOS

Esses instrumentos correspondem à versão 11 do FL Studio, com todos os plugins disponíveis (Signature Version).


Na screenshot, alguns estão apagados, isto é em virtude de a minha lista de plugins ter também VSTs externos, que não vou cobrir por aqui.

Sintetizadores


A forma mais básica de gerar som no programa (ou em qualquer equipamento eletrônico ou digital, na verdade) é o uso de osciladores, que reproduzem ondas em forma de áudio, e sintetizadores moldam som através do sinal que sai destes osciladores; o que diferencia um sintetizador de outro é basicamente a gama de opções embutidas em cada um, que pode variar bastante.
A forma usual de se classificar sintetizadores é pelo princípio de alteração de sim (embora muitos sintetizadores apresentem combinações dos métodos). No FL Studio, temos sintetizadores:
  • Subtrativos: Um sintetizador subtrativo pega um oscilador e passa por filtros.
  • FM (moduladores de frequência): Osciladores interferem uns com os outros de forma a alterar suas frequências em função dos seus sinais. É mais simples que parece.
  • Aditivos: O som é gerado através de múltiplos osciladores que oscilam nos harmônicos da nota tocada, de tal forma a compôr um som único (aproximação de Fourier).

3xOsc: Sintetizador subtrativo básico, contando com três osciladores. Uma característica dele é que as opções de subtração estão todas na aba INS da janelinha do instrumento (Channel Settings).
SimSynth: Outro simples sintetizador subtrativo e oscilador triplo, mas utiliza um filtro SVF (state variable filter), seja lá o que isso queira dizer... Na prática, faz mais ou menos o que o 3xOsc faz, mas as opções de filtragem são um pouco diferentes.
Wasp/XT: O Wasp é mais um oscilador triplo subtrativo. Seu diferencial fica no layout que é razoavelmente amigável e no uso de "modulação anelar" (ring modulation) do terceiro oscilador sobre os dois primeiros.
TS404 Bassline Synthetizer: Oscilador duplo subtrativo, que também tem capacidade de síntese FM. Permite mudança no tempo de sustain, mas o máximo é bem curto; em outras palavras, o TS404 faz apenas notas curtas.
Fruity DX10: Sintetizador FM. Tem poucas opções mas permite uma gama de sons bem razoável graças ao seu método de síntese. Não há, contudo, opções de subtração aqui.
Poizone: Sintetizador subtrativo, com alguns frufru de efeitos diferentes, como delay, unison, que é tipo um chorus de pobre, o próprio chorus e um arpeggiator.
Harmless: Sintetizador aditivo, cuja interface permite a aplicação de diversos efeitos que simulam síntese subtrativa.
Harmor: Mesmo princípio do Harmless, só que mais avançado. Além de muitos dos filtros e efeitos usuais, apresenta uma seção onde você controla uma porrada de parâmetros através de mapeamentos diversos, e ainda uma função de ressíntese (pegar um sample e "traduzi-lo" para o "idioma" do sintetizador, permitindo-o a tocar dito sample).
Sytrus: Sintetizador FM e subtrativo, que ainda por cima cobre um pouco de síntese aditiva também, com suporte a ressíntese, inclusive. Também disponibiliza controle de parâmetros por envelopes e mapeamento, como o Harmor, desta vez permitindo mais de um controle sobre cada parâmetro, mas com menos opções de parâmetros e controles. Sua parte FM envolve uma matriz de modulação, que é um meio muito versátil (ainda que por vezes confuso) de organizar as modulações. Além de FM, o Sytrus também pode realizar Ring Modulation (RM). Sua capacidade aditiva é básica mas eficiente, especialmente por suportar ressíntese mesmo antes da adição.
Toxic Biohazard: Sintetizador FM que também conta com matriz de modulação e, diferente do Sytrus, é controlável e automatizável. Conta com efeitos e filtros bem básicos.
Ogun: Sintetizador esquisitão provavelmente aditivo cheio de magia negra, de alguma forma especializado em fazer sons metálicos mas que faz uns pads muito loucos também. Possui um mapeamento parâmetro x envelope parecido com o do Harmor.
Autogun: Roda com a engine do Ogun, mas tudo o que faz é catar aleatoriamente presets para o mesmo de um banco de dados (com aparentemente acima de QUATRO BILHÕES de presets) e rodar. Bom se você realmente estiver com preguiça de pensar num som pro seu sintetizador.
Sawer: Sintetizador com um oscilador principal de dente-de-serra e até dois sub-osciladores; também conta com algumas opções de filtragem subtrativa, FM e RM. A sonoridade é bem característica, e não é difícil fazer sons muito legais pelo Sawer.
GMS: Apresenta um módulo de efeitos separado e bastantes presets de ondas oscilantes selecionáveis. Minha descrição aqui é pouco pobre pois eu sinceramente nunca usei o GMS direito.
Morphine (não está na imagem): Sintetizador aditivo. Sua interface, diferente do Harmor, é muito mais voltada à adição bruta, e sua engine permite uma ressíntese muito eficiente, com suporte a múltiplos samples.
Buzz Generator Adapter: Carrega arquivos de buzz machines, que são DLLs de instrumento com seus respectivos parâmetros e características, feitos para o Jeskola Buzz (um outro programa de música). Não tende a permitir sons sensacionais, mas o formato de buzz machines é totalmente aberto, permitindo que você procure pela internet afora ou, se tiver os culhões para isso, faça o seu próprio.
SynthMaker/FLowstone: Praticamente um programa à parte, o SynthMaker (esses dias tem sido chamado de FLowstone) é um aplicativo que roda dentro do FL e permite que você construa um sintetizador do zero. É uma programação de nível relativamente baixo, porém, então se decidir que quer usar isso pra você, prepare-se pra apanhar um pouco.

Como pode-se ver, a quantidade de sintetizadores que vem com o programa é imensa, e as opções são inúmeras. Há quem prefira adquirir um externo, especialmente quem for mais experiente e entende as limitações dos plugins acima... Mas para mim pessoalmente é mais do que o suficiente.

Sintetizadores específicos e ROMplers
Aqui, por "específicos" eu estou me referenciando a sintetizadores direcionados à produção de um tipo específico de som, geralmente tentando simular ou mimicar um certo instrumento. ROMplers funcionam de forma diferente, sendo meramente samplers específicos com opções igualmente específicas, mas possuem o mesmo propósito.


FL Keys: ROMpler para piano e alguns outros instrumentos de teclado, como órgão e derivados. Múltiplos parâmetros permitem que você molde o som pra obter a tonalidade desejada.
FL Slayer: Guitarra 100% sintetizada. É, honestamente, muito ruim, mas tem quem use...
BooBass: ROMpler de baixo. Possui um som meio "slappeado" e conta apenas com controles de equalização bem básicos, mas que podem afetar muito o som.
Plucked!: Sintetizador que simula uma corda. Não muito mais do que isso, os controles são ridículos.
Sakura: Como o Plucked! acima, o Sakura é um simulador de instrumentos de cordas, porém muito mais avançado e completo.

Samplers
Eles pegam um arquivo de áudio e permitem que você trabalhe com ele.


Sampler: Toca um arquivo de áudio. Conta com as abas "INS" e "FUNC", que correspondem a filtragem e a ferramentas relativas às notas.

Audio Clip: Tipo um sampler com menos opções (os, em termos de instrumento, e surge como um elemento separado na Playlist (apesar de poder ser usado dentro de uma Pattern). Quando você passa um sample pra Playlist, ele automaticamente cria um instrumento de Audio Clip.
Fruity Slicer: Pega um sample e picota em vários pedacinhos, automaticamente ou regulado pelo usuário. Muito útil pra samples de percussão.
Slicex: É um slicer como o instrumento acima, mas bem mais versátil e completo/complexo.
Beepmap: Toca som baseado em uma imagem.
WaveTraveller: Sampler que permite ajuste do tempo do sample. Para leigos, isso significa fazer efeitos de scratch e derivados.
Fruity Granulizer:
DirectWave: Banco de samples que permite o uso de um conjunto deles como um instrumento. Permite edição dos samples separadamente, também.
Fruity Soundfont Player: É similar (ainda que bem menos flexível) ao DirectWave em seu objetivo, que é criar um sampler que funcione como um instrumento que toca arquivos de áudio como notas separadas. Todavia, o Soundfont Player é um host de arquivos .sf2, que são soundfonts (espécies de pacotes de áudio feitos para esse propósito), em vez de arquivos de áudio separados.

Percussão e drum machines
Drum machines são bancos de samples especializados em percussão, geralmente distribuídos em "pads" que na música são representados como notas.


FPC: Drum machine básico que permite que vários samples sejam associados a cada pad, a depender ao valor de velocity utilizado. Conta com 32 pads.
Fruity DrumSynth Live: Sintetizador de percussão e drum machine incomum com diversas opções de modulação nada ortodoxas. Não aceita samples externos e o banco de dados que vem nele não tem exatamente os melhores sons, mas considerando o quanto ditos sons podem ser alterados, isso não é tão prejudicial. Não é dividido explicitamente em pads mas ainda funciona como tal, com cada sample em uma nota.
Drumaxx: Drum machine como o FPC. Contém 16 pads e tem uma miríade de opções para ajustar o som de cada pad, além de um sequenciador interno.
DrumPad: Versão lite do Drumaxx, com apenas as opções de ajuste sonoro, sem a drum machine em si.
Fruit Kick: Sintetizador específico de "kicks" de percussão, com opções básicas de modulação do som. Para quem não sabe, "kick" é aquele "tum" grave que dá o ritmo básico.
BassDrum: Como o Fruit Kick, é específico para kicks, mas funciona a partir de samples  em vez de síntese na hora. Apesar disso, conta com várias opções de ajuste sonoro e vem com sete samples básicos (muito bons por sinal), embora ainda seja permitido escolher entre qualquer arquivo de áudio .wav ou .aiff do seu computador.


Controladores

Um controlador é um dispositivo utilizado que ajusta, de seu modo, um parâmetro qualquer ligado a ele (entrarei em detalhes em um post futuro, porque é um aspecto muito importante do programa); cada controlador funciona de forma diferente, mas todos servem ao mesmo propósito de controlar um parâmetro.
Também incluí aqui instrumentos que não controlam parâmetros, mas notas (no caso, MIDI Out e Layer).


Fruity Keyboard Controller: Controlador de parâmetros que usa seu próprio piano roll para cumprir a função de controlar um parâmetro, mudando a nota.
Fruity Envelope Controller: Similarmente, também funciona via seu piano roll, mas conta com uma gama mais vasta de opções, inclusive a própria nota, como o Fruity Keyboard Controller entre outras.
Automation Clip: Como o Audio Clip, é feito para ser usado em Playlist. e sua função é automatizar, com controle preciso, o parâmetro selecionado. 
MIDI Out: Controlador MIDI virtual. O FL Studio trabalha habitualmente com o protocolo MIDI, portanto em muitos casos (especialmente com o uso de certos plugins externos) é essencial o uso do MIDI Out.
Layer: Sua premissa é simples, o que o Layer faz é basicamente passar dados de notas e automação para outros instrumentos; geralmente usado para tocar um conjunto de instrumentos com as mesmas notas. Também apresenta uma função "crossfade" que permite alternar de forma contínua entre os instrumentos controlados.
Dashboard: Não é um controlador por si só, mas seu intuito é facilitar o processo de controle, em seu layout que é completamente customizável, sendo possível conectar quaisquer parâmetros em seus controles (que por sua vez seriam conectados a controladores).

Outros
Não se encaixam em nenhuma das categorias.


Speech Synthetizer: Você escreve um texto e ele reproduz em um sintetizador de voz, que aparece como um instrumento de Fruity Slicer com fatias separadas por palavra.
Fruity Wrapper: Nada a ver aqui, isso aparece automaticamente para abrir VSTs externos, então não há necessidade de usar como plugin separado.
ReWired: Compatibiliza o FL Studio com o protocolo ReWire, que pelo que eu entendi permite a interconexão entre programas compatíveis. Isso significaria, por exemplo, passar áudio do Ableton pro FL e vice-versa, por exemplo.
Patcher: É um fluxograma que permite instrumentos e mesmo efeitos do FL embutidos em um instrumento só. Muito interessante para criar presets que armazenem uma sequência de efeitos e lógica.
Fruity Vibrator: Deixando o nome sugestivo de lado, o Fruity Vibrator pode interagir com periféricos com Force Feedback.
Fruity Video Player: Roda um vídeo no tempo da música. Como no help do programa indica, pode ser usado para sincronizar trilhas sonoras.
Fruity Dance: Plugin extremamente útil que bota a versão antropomorfismo moè do software dançando na tela.



EFEITOS



Assim como os instrumentos, há uma grande variedade de efeitos que você pode dar aos seus sons, no mixer. Tomando como base os instrumentos que vem na versão 11 Signature Edition:



Eu tenho certeza que eu acabei de quebrar a página

Mais uma vez, os espaços em branco foram VSTs apagados da imagem por não serem nativos.

Equalizadores
Equalizadores permitem o controle de todo o espectro de frequências de um canal, podendo-se aumentar ou diminuir o volume de uma faixa específica de frequências. Têm como principal proposta "limpar" o áudio de certas frequências indesejadas de algum instrumento, embora também possam e sejam usados como efeitos (ainda que filtros sejam mais usados para esse propósito).


Fruity 7-Band EQ: Possui sete faixas de frequências já fixas, e não possui interface gráfica. Não é exatamente o melhor equalizador, mas tá lá pra quem quiser, e não foi retirado provavelmente para manter compatibilidade com as versões antigas.
Fruity Parametric EQ/2: Um equalizador paramétrico é aquele que, em vez de mexer em faixas discretas de frequências, faz seu trabalho por uma curva de volume x frequências.; A versão 1 não mostra a curva, então não é muito conveniente quando se tem o 2, que além de mostrar a curva mostra, ainda que sem muita precisão, o espectro de frequências.
EQUO: Equalizador mais tradicional (discreto) mas bem eficiente, com uma quantidade apreciável de faixas e mostrando o espectro de som, e apresenta uma gama de opções para mexer na curva de equalização.

Filtros
São bem similares aos equalizadores em relação a como funcionam; filtros basicamente são equalizadores de uma banda só, então é como se fossem equalizadores mais específicos e simplificados, quando não é necessário um controle complexo sobre o espectro de frequências. Diferente dos equalizadores, são mais utilizados como efeitos mesmo. Usualmente trabalha de três formas: Passa-altas (highpass), que bloqueia frequências mais baixas que um certo patamar; passa-baixas (lowpass), que bloqueia frequências superiores ao patamar escolhido; e passa...bandas? (bandpass), que permite frequências em torno do patamar selecionado. Usualmente a curva de filtro (ou seja, a tolerância do filtro em volta da frequência de filtro) é ajustável.


Fruity Filter: Parte de uma frequência e ajusta volumes de highpass, lowpass e bandpass para aquele patamar.
Fruity Free Filter: Você escolhe entre um tipo de filtro (além dos três usuais, há outros mais underground), a frequência e a largura da curva de filtro.
Fruity Love Philter: Filtro muito versátil com até oito unidades (que podem ser organizadas em paralelo ou em série), cuja operação funciona com um mapeamento similar ao do Sytrus, com a diferença de que o tempo dos envelopes depende do toque da pattern (já que é impossível relacionar um efeito no mixer a uma nota).
Fruity Bass Boost: Filtro bem específico para aumentar frequências baixas (de 20 a 100 KHz). Conta somente com ajuste de frequência de corte e quantidade de sinal filtrado.
Fruity Fast LP: Filtro específico para lowpass, conta somente com opções de frequência de corte e ressonância.

Manipulação estéreo
Efeitos estéreo são uns dos principais artifícios para dar um senso de espaço para a música, além de, por vezes, dar a impressão de uma definição melhor do som.


Fruity Stereo Enhancer: Atrasa o som de um lado em relação ao outro, com precisão de milissegundos. Usado para gerar um efeito "estereoizador" em sons monaurais, e por algum motivo funciona bem. Com atraso muito pequeno, pode gerar um efeito phaser ou flanger.
Fruity Stereo Shaper:
Fruity Phase Inverter: Sons são variações de pressão do ar que variam entre pressão e vácuo, o que significa que oscilam em torno de um valor zero (sem som) e variam de positivo a negativo. O que esse plugin faz é inverter os valores positivos para negativos e vice-versa em um dos canais, gerando outro tipo de efeito estéreo.
Fruity Balance: Simples plugin que edita balanceamento entre esquerda e direita. Qual é o intuito disso quando já se tem um controle de equilíbrio no próprio canal eu não sei, talvez algo relacionado a realizar tal feito numa ordem de efeitos específica.

Reverb/Delay
Reverb e Delay são efeitos que dão a impressão de eco. O delay é responsável por repetir o som múltiplas vezes com volume sucessivamente menor (ecos), e o reverb faz isso de forma contínua (simulando a reverberação em um espaço).


Fruity Delay: Controla as repetições ("ecos") a nível básico, com contagem de repetições e seu volume. O controle de tempo de repetição é baseado no bpm.
Fruity Delay 2: Versão evoluída (mas ainda pequena e simples) do plugin acima, com controle de tempo em fração de batida e mais controle do caráter das repetições (incluindo estéreo).
Fruity Delay Bank: Permite uma personalização maior do efeito de delay, com oito unidades de efeito que inclusive podem ser encadeadas em série. Também permite um controle individual de cada unidade um pouco maior que o existente nos plugins anteriores.
Fruity Reeverb/2: Dois plugins com interface diferente que fazem essencialmente a mesma coisa, que é o efeito de reverb. Apresenta uma gama de opções para reprodução de caracteres diferentes de reverberação.
Fruity Convolver: Plugin de reverb que realiza o efeito através de "impulsos", arquivos de som feitos para simular reverb em um determinado espaço. Útil para reverb mais realista, desde que você tenha o impulso adequado (o FL vem com um monte deles).

Flanger/Phaser/Chorus
Efeitos decorrentes de dois ou mais sons idênticos com diferenças de tempo baixas (como o efeito estéreo anteriormente descrito, só que não estéreo).


Fruity Chorus: O "chorus" é um efeito de multiplicar o áudio que vem e desafinar de leve as cópias, dando a impressão de um som mais "cheio", além de mover o balanço das cópias. O Fruity Chorus mexe com três cópias e a frequência de modulação de cada uma pode ser manipulada individualmente.
Fruity Flanger: O efeito flanger é similar ao chorus em termos de gerar várias cópias de um mesmo som. O truque aqui é um atraso ínfimo entre as cópias, a ponto de tal atraso ser relevante na escala das vibrações do som, além de modulação leve dos tempos das cópias, para gerar o efeito de cancelação de fase. O Fruity Flanger permite mexer nestes parâmetros, principalmente.
Fruity Flangus: Alternativa mais básica que o Fruity Flanger e apresenta menos opções, mas é muito mais intuitivo.
Fruity Phaser: O "phaser" tem princípio bem parecido com o flanger, e os controles do Fruity Phaser são bem similares ao do Fruity Flanger. A diferença entre os efeitos é... Olha, eu não sei direito, tem a ver com a forma que o atraso é feito; enfim, na prática, o phaser é um pouco mais sutil que o flanger, mas cobre um campo mais largo, e ainda sim os efeitos são parecidos.

Compressão

Compressão consiste na redução do volume de áudio que passe com volume superior a um determinado patamar. Muito utilizado quando você quer elevar o volume médio de um som mas não quer ultrapassar os 0.0 dB (limite máximo do sinal de áudio após de qual placas de som desistem de processar o áudio e causa um som desconfortável chamado de "clipping"), pois a compressão reduz picos de áudio e permite que o volume total seja elevado sem atingir o limite. Controles usuais são o tempo que leva para o compressor ser aplicado (attack) após o sinal atingir o patamar (threshold), que obviamente é também controlável e o tempo que leva pro compressor cessar o efeito (release), além da taxa de compressão (razão excesso de volume pré-compressão/ excesso de volume pós-compressão) e do quanto o volume geral é alterado antes ou depois da compressão.


Fruity Compressor: Compressor básico do FL, que conta com os controles acima apenas.
Fruity Multiband Compressor: Um compressor multibandas (bandas = faixas D:) é como um compressor-equalizador, no sentido em que trabalha com faixas separadas de comprimentos de onda.
Fruity Limiter: Um limitador é simplesmente um compressor com razão de compressão muito alta, o que significa que o sinal comprimido não vai passar significativamente do patamar. O Fruity Limiter também possui um compressor normal e um noise gate (que é como um compressor invertido, que reduz áudio menor que um patamar e é geralmente usado para reduzir chiado irrelevante), além de mostrar graficamente o áudio e as variáveis de compressão.
Maximus: Embora eu tenha incluído na seção de compressão, o Maximus é um faz-tudo, graças ao controle de volume, que é uma curva (que fica na esquerda da janela do plugin) que permite ao usuário controlar o perfil de compressão/expansão/maximização/gating/etc como bem entender, substituindo os controles de attack, threshold e release. Também é multibandas e ainda tem uma multidão de controles variados que eu não conheço direito.
Soundgoodizer: Versão lite do Maximus, o Soundgoodizer é meramente um conjunto de quatro presets do Maximus com controle de o quanto o efeito é aplicado.
Fruity Soft Clipper: Compressor extremamente simples que utiliza compressão de "soft knee" (o que significa que o limite de sinal entre compressão e não-compressão é súbito e sim gradual).

Distorção
Efeito que consiste basicamente uma sobre-compressão proposital no som, que resulta num som modificado (distorcido). Embora seja geralmente associado a guitarras elétricas, há outras aplicações para distorção, como produzir uma percussão "industrial", vozes distorcidas boladonas e mesmo distorcer levemente um instrumento pra dar ênfase ao mesmo.


Fruity Blood Overdrive: Plugin básico de distorção. Conta com um filtro bandpass, o que aparentemente é muito bom bom de acordo com a descrição no Help.
Fruity Fast Dist: Plugin ainda mais básico. Possui o benefício de mostrar o formato da distorção para quem souber interpretá-lo.
Hardcore: Não exatamente um plugin de distorção, mas um módulo inteiro de plugins voltados para guitarra, contendo vários efeitos (dispostos como pedais). Infelizmente não inclui um convolver.
Fruity Squeeze: Distorção peculiar, que soa um tanto diferente dos plugins mencionados, e também conta com um bitcrusher (que aparentemente nenhum outro plugin além do Effector tem).
Fruity WaveShaper: Permite controle total da forma da distorção. Como mencionado, a distorção não é nada mais que uma forma de compressão, e o WaveShaper maneja a relação input-output dessa compressão.

Controladores
Cumprem a mesma função dos instrumentos controladores, só que sem usar o Piano Roll.


Fruity Peak Controller: Envia sinal de controle de acordo com o som que sai do canal em que foi inserido. Também permite o controle via um sinal oscilante (LFO) não relacionado com o canal.
Fruity Formula Controller: Envia sinal de controle de acordo com uma fórmula matemática que o usuário insere no plugin.
Fruity X-Y Controller: Simula uma mesa, permitindo controle simultâneo de dois parâmetros diferentes. É mais indicado em uma performance, ou automação gravada a partir de performance.
Control Surface: Não é um controlador por si só, e sim uma interface que auxilia a organização de controle, exatamente como o Dashboard.

Utilitários e visualizadores
Não mexem de forma específica no som mas ajudam o usuário de forma visual.


Fruity NoteBook/HTML NoteBook: Blocos de notas que podem mudar de página de acordo com o tempo da música.
WaveCandy: Visualizador do som. Você pode escolher entre um osciloscópio (mostra a forma do som em escala da ordem do comprimento de onda), um espectrograma (mostra de forma aproximada o espectro de frequências envolvidas), um medidor de barra (mostra os volumes, em mono ou estéreo) e um vetorscópio (escala similar ao osciloscópio, mas mostra de forma mais específica o balanço do áudio através de uma figura de Lissajous). Seu defeito é que seu espectrograma possui apenas modo frequência x tempo, com a intensidade apenas indicada pela cor, em vez de contar também com um display frequência x intensidade.
Fruity Spectroman: Espectrograma mais simples (e bem menor) que o contido no anterior. Conta com exibição frequência x intensidade ou frequência x tempo.
Fruity Big Clock: Relógio que faz... exatamente o que o relógio na seção de menus faz.
Fruity dB Meter: Medidor de decibéis que faz... exatamente o que o medidor de decibéis do mixer faz.
ZGameEditor Visualizer: Permite programar um visualizador de áudio, desses estilo WMP ou Winamp, que pegam o áudio e passam por algoritmos e fazem umas imagens muito loucas. Não é muito útil a princípio, então sua função principal é tirar onda.

Correção de tom
Plugins que trabalham alterando notas. 


Pitcher: Plugin de correção de tom em tempo real que permite, além de corrigir o tom de forma a provocar autotune, também pode ser usado para manipular o tom ou mesmo criar harmonias com um mesmo som de entrada (estas duas últimas capacidades sendo aplicadas através de um piano roll auxiliar)
Newtone: Basicamente um editor de áudio especializado em modificar voz, identificando sílabas ou palavras como "células" diferente e individualmente editáveis de várias formas.


Manipulação de tempo
Plugins que mexem com o tempo de um áudio (um exemplo seria o instrumento WaveTraveller, já mencionado na parte de instrumentos)


Gross Beat: Pega o áudio que passa pelo canal em tempo real e joga nele uma sequência indicada pelo padrão desenhado no painel grande da sua interface (repetido em intervalos de tempo em bars), que governa o efeito que o Gross Beat aplica sobre o input e envia à frente. Excelente pra glitching (efeitos que fazem o som parecer "bugado"). O painel é uma função tempo no input (horizontal) x atraso (vertical); pelo seu grid passa uma linha escura visível, que representa a reta em que o atraso no output é tão longo quanto o tempo do input, o que resulta num output no começo do áudio. Dessa forma, controlando o perfil da curva de tempo, é possível fazer tranquilamente "soluçadas" (stutter), scratches, "bugadas" e muito mais. Essa descrição provavelmente não é suficiente pra explicar, então a boa é pegar um tutorial (ou esperar alguns anos pra eu fazer um eu mesmo) pra aprender, pois é um plugin muito mais simples que parece.

Fruity Scratcher: Simula uma mesa de DJ, permitindo controle manual de um sample carregado no plugin.


Vocoders

Passam um áudio (chamado de carreador, "carrier") por outro áudio (modulador), que pega o primeiro áudio e modula-o com seu timbre. O que ele faz é basicamente pegar o carreador e filtrá-lo através das frequências utilizadas no modulador, como se fosse um equalizador dinâmico.


Fruity Vocoder: Utiliza um só canal no Mixer para o carreador e o modulador, de tal forma que um usa o canal esquerdo e o outro usa o direito, o que significa que ele só recebe input mono. Conta com equalizador (três na verdade) e algumas poucas opções que eu não explorei.

Vocodex: Vocoder mais avançado que o anterior. Tem a opção de utilizar um só canal, como o anterior, ou canais separados para carreador e modulador, permitindo estéreo; dentre as várias funcionalidades do plugin, destaca-se a possibilidade de usar vários moduladores padrão embutidos nele.

Outros


Edison: Plugin de edição de áudio, optimizado para o FL Studio. Você pode gravar áudio do programa direto pra ele, e passar áudio dele pro programa, de forma direta e rápida.

Effector: Plugin em que você escolhe um de vários efeitos e manipula-o dinamicamente via um controlador X-Y e, como tal, é mais indicado para performance e gravação.
Fruity Center: Anula o DC Offset (polarização de corrente contínua), que eu não sei explicar muito bem mas ocorre em alguns tipos de áudio ou efeito, deslocando uma onda "silenciosa" pra um patamar contínuo. O efeito é inaudível, mas atrapalha os demais sons no mix quando se mistura aos mesmos, e para isso o Fruity Center balanceia a onda quando isso acontece.
Fruity LSD: Banco de dados de instrumentos MIDI, permitindo o uso de instrumentos MIDI Out como tal.
Fruity Mute 2: Simplesmente deixa o canal (ou um dos lados dele) no mudo.
Fruity Send: Provavelmente mantido apenas para compatibilidade com versões antigas, o Fruity Send envia o áudio para um dos quatro canais "Send" no Mixer (aqueles quatro que estão sempre fixos).
Buzz Effect Adapter: "Primo" do Buzz Generator Adapter, voltado para efeitos. Parte do mesmo princípio de rodar os efeitos via .dll.
SynthMaker/Flowstone: Synthmaker voltado para efeitos.
Patcher: Praticamente o mesmo plugin da parte de instrumentos, mas aplicado em um canal do mixer em vez de um instrumento. 
VFX Color Mapper/Key Mapper: Embora presentes na parte de efeitos do banco de dados de plugins, só podem ser usados no Patcher, e quando este é carregado como instrumento. O Color Mapper pega a cor das notas no Piano Roll (não comentei isto porque geralmente não é muito importante, mas você pode mudar a cor das notas no Piano Roll) e permite separá-la das demais cores na hora de aplicar a diferentes efeitos/instrumentos/coisas que o Patcher faz; já o Key Mapper pega as notas lidas no Piano Roll e mapeia em outra escala como output para o resto do seu fluxograma.
VFX Shepard: ???
Fruity Wrapper: Igual ao Wrapper dos instrumentos, então como tal você provavelmente não vai precisar abri-lo diretamente.


A conclusão mais simples é que o programa vem bem preparado com muitas funções. Nada impede você de procurar outros plugins externos (VSTs) e, dependendo do estilo com qual você pretende trabalhar, isso pode se tornar necessário, mas de forma geral, o FL apresenta uma gama de opções mais que suficiente para a realização de uma boa música. Resta apenas que você experimente!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

FL Studio Getting Started

A equipe da Image-Line acabou de lançar um vídeo novo com exatamente o mesmo propósito dessa minha página. É um vídeo excelente pra quem tá começando e resume tudo que eu já falei aqui.
Pra quem já sabe tudo que eu falei, também vale à pena, pois ele mostra alguns atalhos por quais eu tendo a passar direto.



sábado, 22 de junho de 2013

Mixer

A parte composicional é a parte mais importante da sua música sem dúvida, mas não ajuda muito se, após transcrever a sua composição com os instrumentos certos e notas e organizá-la pela Playlist, sua música soa tão agradável quanto um engavetamento numa avenida perigosa. O Mixer está aí como o instrumento principal de aprimoramento da qualidade sonora, embora também tenha uso como hospedeiro pra algumas utilidades, como o editor de áudio Edison e o visualizador WaveCandy.


Outra imagem roubada do primeiro post

Para quem não tem costume de mexer com produção de música interface do Mixer (bem análogo a mixers analógicos) é basicamente esta. O mixer contém 105 canais (99 normais, 4 canais "send", que eu suponho que existem só por questão de compatibilidade com projetos de versões antigas, um canal que age sobre seja lá qual canal estiver selecionado, e o master, que é o canal responsável pelo som propriamente dito), cada canal pode ter seus parâmetros alterados individualmente. Isso parece ser um fato simples de constatar e entender, mas será extremamente importante na hora de distribuir os instrumentos sobre os canais. Mas como eu faço isso em primeiro lugar?



Quando você seleciona um instrumento, aparece uma janela do lado com uma porrada de coisas (incluindo, algumas vezes, parâmetros do próprio instrumento, caso os controles estejam embutidos na janela). Eu entrarei em mais detalhes depois, mas por agora foque-se nessa parte da print acima: Vê esse LED escrito 1, com "FX" escrito embaixo? Aquilo está indicando a qual canal o instrumento está ligado, dentre os 99 canais normais. Você não pode ligar um instrumento a mais de um canal, mas como eu vou mostrar mais tarde, você pode ligar um canal ao outro.

Oito slots pra efeitos e um monte de coisas aparentemente complicadas que não aparecem na screen

A aba da direita (que pode ser levada à esquerda nas opções, se você fizer questão) contém 8 slots pra efeitos e uma porrada de coisa embaixo. A opção "IN" no topo se refere ao áudio do microfone, e se você configurar direito você pode levar o seu áudio do microfone direto no canal (como se fosse um instrumento mesmo). Para adicionar um efeito, é só clicar na setinha abaixo e escolher; pra ligar e desligar o efeito, usar a luzinha verde, e o FL Studio também permite que apenas parte do sinal passe pelo efeito, ajustando o botão na direita respectiva.

Na imagem acima eu deixei aparecendo também dois botõezinhos de controle lá embaixo, referentes ao estéreo e ao equilíbrio. O controle de equilíbrio é igual ao que tem embaixo de cada channel no mixer, mas eu queria mesmo chamar atenção ao estéreo, que quando levado à direita extrema, torna o canal completamente mono. Isto pode ser muito útil em termos de testar um certo efeito, ou simplesmente quando você deseja reduzir, ou amplificar (levando o controle à esquerda) o estéreo do canal. Ainda mais abaixo (não aparecendo na imagem) estão um equalizador simples, o controle de volume do canal e compensação de delay (que é uma coisa mais específica que você, mais provavelmente, não deverá se preocupar), além de mostrar o output de áudio (que, como vou falar um pouco mais à frente, não deve ser nenhum exceto para o canal Master).

Um aspecto importante do mixer é a lógica envolvida e a variedade de procedimentos que você pode adotar para ter a organização ou resultado desejado. Para isso, é importante primeiro conhecer firmemente os conceitos de input e output. São conceitos bem simples que você já deve conhecer, mas tê-los em mente enquanto mexe no mixer é fundamental; basicamente, um input recebe sinal e um output manda sinal.

O mixer funciona com a seguinte lógica: Instrumentos ou samples enviam sinal pra um certo canal; este canal manda o sinal direto para os efeitos que, na ordem em que aparecem, vão enviando sinal modificado um para o outro, até que o último efeito manda sinal para os controles gerais do canal, e o sinal resultante será o verdadeiro sinal que aquele canal vai enviar. Por fim, o canal Master recebe os sinais dos outros canais (de padrão), passa por seus efeitos e configurações e finalmente lança como áudio. É importante ressaltar aqui que o canal Master é o único responsável pelo áudio em si, enquanto os outros canais enviam sinais para o Master para que participem do áudio também
Parece enrolado, mas a lógica, no final das contas, é:
Entrada -> Efeitos do canal -> Configuração do canal -> Master -> Áudio.

Por fim, é interessante lembrar que o mixer recebe sinais como entrada, mas não  sequências de notas ou automação (muito embora você possa perfeitamente automatizar parâmetros num mixer). É uma noção que às vezes ajuda a entender a função do mixer nisso tudo.

Roteando os sinais




Destaquei, na imagem aí, um trechinho do mixer. Nota-se na parte inferior (abaixo dos controles individuais de volume) setinhas transparentes, uma sobre cada canal. Clicar na setinha de determinado canal irá fazer com que o sinal do canal atual (o selecionado) vá a este. Observe que, de padrão, todos os canais estão enviando sinal para o Master (e só para ele); na figura, o canal 1 está enviando sinal ao Master, e é bom notar que há também um botão sobre a setinha (agora amarela). A utilidade disso não deve estar ainda clara, portanto vou fornecer dois exemplos de usos desta função.
  • Sidechaining: Alguns poucos plugins de efeito aceitam outros canais como input para certas funções. Vou usar como exemplo o Fruity Limiter, que é capaz de receber outro canal para aplicar compressão sonora (que, para os leigos, é algo de certa forma parecido com abaixar o volume); um efeito muito comum entre alguns músicos  é usar kicks em sidechain, que participam fazendo a compressão funcionar em função do sinal ("volume") que vem do canal de sidechain. Para deixar um canal em sidechain, basta rotear o canal de sidechain ao canal que irá sofrer seus efeitos, e considere que o sidechain terá a mesma intensidade independente do volume que você botar neste roteamento (mais uma vez, no botão sobre a setinha amarela), portanto permitindo com que você realize o efeito sem que o sinal do canal de sidechain vá para o áudio.
  • Double-tracking: É um tipo de efeito estéreo em qual você usa um mesmo instrumento para dois canais de áudio diferente (um à esquerda e um à direita). Para exemplificar de forma prática como double-tracking usa as capacidades de input dos canais, vou citar um exemplo que eu utilizo normalmente.
    • Meu plugin de guitarra tem capacidade nativa de double-tracking; isso quer dizer que eu posso tocar duas guitarras ao mesmo tempo com samples diferentes (mas tocando as mesmas notas), em canais separados. Então, eu sempre boto uma guitarra 100% à esquerda e outra 100% à direita, em dois canais separados que recebem os mesmo efeitos com as mesmas configurações, mas de forma ainda totalmente separada. Contudo, alguns pós-efeitos, tais como equalização e controle de volume, podem ser aplicados ao som final que sai da combinação dos dois canais, e é muito inconveniente ajustar duas vezes cada um. E é por isso que eu sempre junto os canais em um só após aplicar simulação de caixa do amp e distorção, com o método que já descrevi.

Talvez eu tenha me extendido muito aqui (e considerando o tempo que demorou pra eu terminar isso, já saiu do reino do "talvez"), mas garanto que é mais fácil aprender testando na prática. Resumindo tudo, não se esqueça: Canais individuais! Você pode organizar canais entre si! O áudio só sai do Master!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Algumas dicas acerca de gravação

Não uso hardware externo no FL Studio, então eu talvez não possa dar o mesmo nível de informação que uma pessoa com experiência nessa parte. Contudo, ainda é um aspecto importante que boa parcela dos usuários acessam, então não vou passar em branco nessa área, né?

Primeiro de tudo, eu prometi falar sobre a aba de gravação então aqui vai.

A aba de gravação



Essa aba tem alguns aspectos importantes mesmo pra quem não vai usar hardware externo, então não vá embora!  Grande parte destas funções é feita para a gravação de partitura com um teclado MIDI ou periférico parecido enquanto a música toca, portanto eu não posso te dizer como isso se aplicaria a performances via microfone, guitarra, etc. Da esquerda para a direita, as luzinhas são relativas a...
  • Tocar pelo teclado do PC: Se ligado, permite o uso do teclado do PC para tocar o instrumento selecionado, no lugar de um teclado MIDI. É muito útil na hora de testar mudanças de configuração sem precisar acessar o piano roll ou ter um teclado MIDI.
  • Contagem regressiva: Se você está gravando, muitas vezes você quer estar preparado para botar a mão na massa assim que a música ou o trecho desejado começar a tocar. Quando ligada esta opção, o metrônomo vai tocar "1 2 3 4" antes do trecho tocar.
  • Somar gravação a notas anteriores: Quando você grava um trecho que já tem notas do instrumento em particular sendo tocado, essa opção permite que as notas anteriores não sejam apagadas após adicionar novas na gravação.
  • Loop enquanto grava: Se a opção estiver desligada, a música não vai voltar pro começo enquanto estiver em modo de gravação.
  • Notas agrupadas: Alguns processos fazem as notas no Piano Roll ficarem grudadas.
  • Metrônomo: Toca durante o andamento da música enquanto estiver ligado, para auxiliar na sensação de ritmo.
  • Início controlado: Alternativa à contagem regressiva (apesar de ser possível ligar ambas ao mesmo tempo); se ligado, a música só vai começar a tocar quando você der o seu primeiro input.
  • Gravação nota a nota: Em vez de gravar uma performance, você adiciona nota a nota num instrumento em particular, o que faz de você uma espécie de Mystery Guitar Man.u
  • Auto-scroll: Também ativável pela esquecida Scroll Lock, quando está ligado, janelas como o piano roll e a playlist vão sempre acompanhar a posição do ponteiro à medida que o trecho ou música toca.
  • Controllers multilink: Vou ficar te devendo porque eu também não sei o que isso faz.
Além disso, há o Snap global (o quadrinho expansível escrito "(Step)"), que dita em quais posições, relativas ao tempo da música, você pode botar objetos nas janelas que consistem em botar "objetos" em partes da música (Piano Roll, Event Editor e Playlist). É consideravelmente inútil já que você pode modificar os snaps de cada janela independentemente.

Gravando áudio

Eu não vou perder muito tempo aqui, já que existem mil e uma formas de se gravar áudio pro computador, e que não envolvem necessariamente o FL Studio.
Para dar uma indicação do que o FL Studio PODE fazer em relação a gravação, o software vem com o seu próprio gravador, o gravador do editor Edison. Você pode abri-lo manualmente em um canal qualquer do mixer, ou você pode clicar no botão da tesourinha no painel de atalhos (este aqui que eu mostrei no primeiro tutorial).

O botão de microfone no painel permite que você parta para gravação no Edison, ou você pode gravar diretamente na Playlist.

Como operar com sua gravação

Sua gravação aparecerá como um sample, que irá aparecer na sua lista de instrumentos na Channel Window; você pode ter que abrir a guia preta de baixo pra visualizar o grupo "Audio Clips", caso não apareça de primeira.
Caso você tenha sua gravação como um arquivo de áudio, há várias formas de se abrir este arquivo de áudio como um sample; irei cobrir as três que vem na minha cabeça.
A primeira é adicionar um Sampler ou um Audio Clip (no último post eu explico como, caso não tenha lido ainda é só ler o trecho em cima da seção do Piano Roll) e no iconezinho de pasta, abrir o seu arquivo de áudio ali.
A segunda é ir no Browser, dar uma procurada por ali e, quando encontrar o arquivo desejado, arrastar diretamente à Channel Window. A terceira é basicamente fazer o mesmo, só que arrastando o arquivo do próprio navegador do sistema operacional (não sei se funciona no Mac).

Após isso, você terá seu sample. 
Apesar do filename curioso, você NÃO quer ouvir o que tem aqui. Ah, e estou com a versão 11 do programa agora!

Eu estou partindo do princípio que você quer incluir a gravação que fizeste na sua música. Caso eu esteja errado e você queira usar como um instrumento (por exemplo, se você deu uma batida na mesa e agora quer fazer um batuque), você pode usar o step sequencer ou o piano roll pra dar ritmo ao seu sample fazendo tocar sempre que há uma nota.
Caso eu esteja certo, porém, você deve usar agora a Playlist (Não devo fazer um tutorial propriamente dito para a Playlist já que não é difícil de usar e bem parecida com o Piano Roll na maioria dos seus aspectos), arrastando a ela o seu sample. Sua gravação aparecerá bonitinha na playlist, livre para você organizar como quiser.


Se você é de uma banda, ou coisa parecida, e gravou os instrumentos separadamente, é aqui que você vai juntá-los. Por motivos óbvios, se você fez uma música apenas gravando instrumentos, você dispensa a necessidade de usar o Piano Roll a não ser que em alguma parte da pós-produção você queira adicionar mais instrumentos. Nesse caso, a Playlist aceita perfeitamente que você use Patterns nessa matriz também.
Um detalhe pequeno mais importante é que, a partir de uma certa versão (desculpe, não lembro qual é essa versão) do programa, você pode cortar um áudio em partes usando a ferramenta de corte (), então caso algum problema na gravação requira.. ou requeira (deu tilt no português aqui gente, desculpa) que você mova ou opere com uma certa parte do áudio sem mexer com tudo, tá aí.



E por agora... acho que é só! Com sorte, você vai poder organizar seus coisas com mais facilidade agora. Na próxima, eu provavelmente darei uma geral no Mixer. 

sábado, 4 de maio de 2013

Channel Window - Começando a fazer música

Ok, agora que você tem uma noção básica do fluxo do programa, é hora de ir pra o que mais interessa de imediato: começar a fazer seu som.
Música se faz botando notas e/ou sons em sequência, podendo-se variar sonoridade (timbre, volume, equilíbrio), tons e ritmo (além de possíveis adicionais que alguém que entende de teoria musical poderia apontar). Fazer isto no FL Studio significa botar notas musicais ou tons de percussão em posições desejadas numa 'linha de tempo'; para isso temos, no Channel Window, o Step Sequencer e o Piano Roll. Aqui, vou cobrir o Step Sequencer em profundidade (pois não há profundidade alguma) e os aspectos mais importantes do Piano Roll.

No FL Studio, o template padrão é o Basic ou alguma variação dele (não lembro qual), que basicamente vem com quatro instrumentos, os quatro são samples de percussão: o kick (bumbo), o clap (palmas), o hi-hat e o snare (tambor), e têm uma sonoridade meio "dance".

O template básico

Os botõezinhos à esquerda de cada instrumento são, respectivamente (da direita para a esquerda): Volume do instrumento, equilíbrio (panning) do instrumento, ligado/desligado.

Step Sequencer


O Channel Window, de cara, mostra já o step sequence de cara. O step sequencer de um instrumento consiste nestes quadradinhos da screenshot; basta acender as luzinhas que você já terá uma "batida" na sequência demonstrada. Você também pode editar à vontade enquanto o trecho toca em loop (se não lembra como faz pra tocar o trecho, lembre-se da aba de controle do tutorial anterior). É fácil na teoria, mas é muito mais simples se você tentar você mesmo/a. Você clica num quadrado pra acender, e com o botão direito para apagar.




Tunts clapts tunts táts






A barra superior também tem suas funções. Para não confundir, vou chamar as funções pelo seu nome na barrinha de hint no canto superior esquerdo, então se estiverem procurando é só passar o mouse pela barra até achar.
  • Play/Pause pattern: Um simples atalho para tocar/pausar a pattern visualizada.
  • Pattern selector: Atalho para escolher qual pattern visualizar.
(Os próximos itens servem apenas para o step sequencer)
  • Beats per bar for this pattern: "Batidas" e "bar" são unidades de tamanho na estrutura da música, mas o que realmente importa é que, de padrão, o step sequencer tem 16 quadradinhos (ou seja, 4 batidas, sendo quatro quadrados pra cada batida). Mudando o valor (arrastando o mouse enquanto clica), você pode mudar pra quantas batidas quiser, de 1 a 64.
  • Repeat step sequencer: Quando tem algo no Piano Roll por mais de um bar, o step sequencer só toca durante o primeiro bar e o Pattern continua no Piano Roll. Se o loop estiver ligado, o step sequencer volta pro começo sempre que chega no seu final, enquanto o conteúdo em Piano Roll continua.
  • Main swing: Gera automaticamente um efeito de "swing" no ritmo, mais pronunciado quanto mais para a direita a barra está. Funciona apenas com o Step Sequencer.
  • Graph editor: Clique nele e vai aparecer um pequeno diagrama com várias barras, uma para cada quadradinho, no step sequencer. Essas barras correspondem a um dos parâmetros de cada som/nota, e você pode navegar entre esses vários parâmetros na barra horizontal em baixo. Esses parâmetros vão ser um pouco mais explorados quando eu for falar de Piano Roll.

  • Keyboard editor: Para variação de notas, esse editor é necessário; ele permite que você altere o tom de cada nota adicionada. Os retângulos escuros em cima são ligáveis e desligáveis; quando ligados, a nota desliza na próxima.




De forma geral, o Step Sequencer é ótimo para sequências muito simples, mas não dá muita liberdade para, por exemplo, sons com mais oitavas, ritmos mais complexos ou notas com comprimentos diferentes, sequências de tamanho arbitrário, dentre várias outras coisas. Para isso temos o Piano Roll, que deve ser seu meio principal de se sequenciar música. Mas primeiro, já passa da hora de eu esclarecer como realmente se gerencia os instrumentos em si, certo?

Há pelo menos dois modos para isso:
  • Vá no menu principal, em Channels > Add one > escolha um da lista
  • Clique com o botão direito em um dos instrumentos na Channel Window e vá em Insert (ou Replace, se você quiser trocar de instrumento) > escolher um da lista.
A lista de instrumentos que vem com o FL é extensa, e estou querendo em um momento fazer um tutorial só para dizer brevemente o que cada um faz, mas isso fica pra depois. Agora, o Piano Roll!


Piano Roll


Simplesmente clique com o botão direito no instrumento que você deseja editar e vá em Piano Roll, ou clique no ícone de Piano Roll no Shortcut Panel:
E aí aparecerá algo assim:

êta preguiça de NÃO copiar do post anterior

O pianinho é uma referência para os tons que você vai utilizar. Você também pode clicar em suas notas para ouvir seu instrumento antes de botar no piano roll.
Tem muita coisa pra ver no Piano Roll então, para nossos propósitos, vou cobrir só o mais fundamental.
  • Para inserir uma nota, basta clicar no grande espaço quadriculado (caso, na barra superior, esteja selecionado o lápis, e provavelmente está) e arrastar a nota até o instante e tom desejados. Favor notar que você pode arrastar uma nota que já inseriu também.
  • Para deletar uma nota, clique nela com o botão direito, ou vá arrastando o cursor até dita nota com o botão direito clicado.
  • Para mudar o tamanho da nota, clique na extremidade direita da nota e arraste.
  • Para selecionar notas, ctrl+mouse, e para selecionar mais notas sem desfazer a seleção anterior, segurar shift durante o processo.
  • Para dividir uma nota em duas, usar shift (direito) + mouse. Você pode cortar mais de uma nota no processo se desejar. Você pode fazer coisas bem interessantes com isso.
  • Para ouvir algum trecho, clicar no iconezinho de alto-falante.
  • As notas, de padrão, são "travadas" em certas posições (snap) para evitar que você ponha notas fora de tempo. Você pode mudar essas posições clicando no ímã, que te dará uma variedade de compassos diferentes.
  • Pra copiar notas, ctrl+botão direito+mouse (cuidado pra não copiar a nota pro mesmo lugar que a nota antiga estava, é um pouco inconveniente e há o risco de você esquecer que tem duas notas ali), embora às vezes seja realmente mais conveniente utilizar-se de ctrl+c ctrl+v.
  • Pra preencher o espaço com notas sem botar uma a uma, usar a ferramenta tinta (do lado do lápis no menu de cima.
  • Clicando no triangulozinho ao lado do retângulo verde, as notas todas que você botar enquanto o triângulo tá "ativado" produzem um Slide. Isso significa que, se a nota com slide estiver ativa ao mesmo tempo que uma outra qualquer (sem que os seus inícios coincidam em tempo), o tom da primeira nota irá se transformar no tom da nota com slide, e este slide irá durar o tempo em que a nota com slide está ativa.

E na área inferior, você deverá ter algo assim:


Cada nota adicionada à área principal faz aparecer estas barras, que denotam uma das propriedades específicas de suas respectivas notas e têm valor editável clicando-se nesta região inferior e variando-se a altura das barras. Essas propriedades são as mesmas que comentei quando falava do Graph Editor do sequencer, e você pode escolher entre qual propriedade visualizar e editar clicando com o botão direito do mouse em cima da área cinza no canto esquerdo, ou clicando na parte de cima (onde na screenshot de cima tá dizendo "Velocity").
As propriedades de cada nota são:


  • Pan: Equilíbrio da nota entre as saídas stereo, indicando se o som sai pela esquerda, pela direita, igualmente entre os dois ou algo entre.
  • Velocity: Muitas das vezes equivale ao volume da nota, mas isto varia com o instrumento; alguns usam apenas como volume, enquantro outros usam como uma medida da "força" usada na nota (por exemplo, uma velocity baixa num violão reproduz uma palhetada fraca) e outros, como alguns controladores, utilizam para alterar alguma outra propriedade arbitrária.
  • Release: Não vou mentir, eu não sei o que isso faz
  • Note filter cutoff frequency: Em alguns instrumentos, aparece como "Unsupported Parameter 1", e em outros aparece como Modulation X. Se estiver como Note filter cutoff frequency, este parâmetro serve como um filtro passa-baixas (low-pass); já Modulation X é uma propriedade que alguns instrumentos podem permitir com que o usuário atrele a outros atributos. Já vi isso aparecer como "Aftertouch" também, mas com isso eu realmente não posso te ajudar!
  • Note filter resonance: Da mesma forma que o anterior, pode aparecer como "Unsupported Parameter 2" ou como Modulation Y. Ressonância é uma espécie de "efeito" gerado durante a filtragem, controlável pelo usuário. Modulation Y tem exatamente a mesma função da Mod X, e no momento em que eu começar a falar de automação e controles, vou poder explicar um pouco melhor a idéia por trás.
  • Note fine pitch: Ajusta o tom da nota de forma mais contínua.
  • Channel controls (ou seja, os três que vem depois): Aqui você controla diretamente os Eventos associados, e isso eu prefiro não falar agora, pois entra na parte de automação.
É importante lembrar que, para plugins externos como VSTs, algumas das funções acima podem não funcionar. Muitos VSTs ignoram o Slide, por exemplo.

Então, é basicamente isto que você precisa saber sobre o Piano Roll agora. Há bem mais aspectos a se explorar, mas este é o básico necessário pra fazer alguma coisa. Com o tempo você vai aprender as demais funções do Piano Roll, seja futucando, ou lendo outros tutoriais ou esperando o meu a respeito disso (protip: vai demorar).


Instrumentos, Piano Roll, Step Sequencer... Preciso de mais pra fazer o som que eu quiser?


Definitivamente! Pense que ainda tem o Mixer e todos os efeitos associados, a própria janela do instrumento que eu não comentei ainda a respeito, automação que por si só é uma outra arte, tudo isso é necessário pra a moldagem do som perfeito. Contudo, sabendo um pouco da Channel Window, você já pode começar a realmente fazer música e a experimentar, então aproveite enquanto eu não faço o próximo tutorial, porque ganha-se bastante com a prática.

Pra ajudar vocês peguei dois tutoriais (em inglês) pra ilustrar melhor.


Piano Roll numa versão antiga. É ainda mais básico que esse meu post.


Step sequencer.